terça-feira, 30 de agosto de 2011

EDUCAR OS FILHOS COM AUTORIDADE E NÃO AUTORITARISMO



 
Leonardo Meira da Redação da Canção Nova preparou essa matéria e lendo achamos muito interessante pra vocês, pais, educadores e escolas.
Veja e ouça a entrevista completa pelo link:  http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282214



Educar os filhos com autoridade, e não autoritarismo, é um dos principais desafios diante dos quais os pais se deparam no processo de formação dos pequenos.

Ter autoridade implica desfrutar de alguma forma de comando ou poder sobre outras pessoas, característica de alguém que exerce o direito de se fazer obedecer. Já o autoritarismo diz respeito ao exagero, ao uso desproporcional de força, ao fim do diálogo, à intimidação ou mesmo humilhação, a todo um sistema ou ideologia totalitária.

Crianças formadas de maneira sadia precisam de pais que se filiem à primeira opção e saibam exercer de modo correto a autoridade que lhes é própria, em função dos seus papéis dentro de casa.

"No ambiente doméstico, a autoridade está relacionada ao respeito e consideração aos pais por parte de seus filhos, ligada aos laços sanguíneos, ao fato de que os pais, além de progenitores, se responsabilizam durante toda a infância e adolescência pela formação, valores, educação e preparação para o contato com o mundo externo, além dos sentimentos fortes que os unem", esclarece o doutor em Educação pela PUC-SP, João Luís Machado.

Por sua vez, a psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, Adela Stoppel de Gueller, lembra que a pessoa investida de autoridade "se ocupa de fazer cumprir aqueles valores morais nos quais acredita, que lhe foram transmitidos por seus antecessores e que no presente toma como próprios. Para a criança, os pais são as primeiras figuras de autoridade e, durante muito tempo, as mais importantes. Ao longo da primeira infância, os pais vão transferindo esse direito para avós, professores, médicos, etc. A criança começa a ir à escola quando está pronta para reconhecer nos educadores figuras de autoridade, além das de seus pais".
 
Reflexos - Nas famílias em que prevalece o diálogo e a autoridade é percebida de forma natural, as crianças aprenderão a utilizar em suas outras relações, fora do âmbito familiar, as ferramentas da compreensão e do entendimento. "Nesse sentido, reitero a necessidade de que a argumentação deve ser sempre bem feita, clara e evidenciar a situação, os motivos da conversa, as questões em pauta, os problemas discutidos e as alternativas de solução", opina João Luís.

Sustentar a autoridade implica um compromisso ético e de muita responsabilidade acerca das ações dos adultos.

"Ter autoridade com os filhos decorre da seriedade que os pais têm consigo e entre si mesmos. Quando os pais sustentam a autoridade, estão transmitindo aos filhos o valor da responsabilidade e do compromisso, e é isso que permitirá que, um dia, seus filhos possam exercer o lugar de pais. Isso quer dizer que a autoridade está estreitamente ligada à transmissão de uma geração a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores  do passado para o futuro. A autoridade apazigua as crianças porque transmite firmeza e segurança. Permite um questionamento que induz à reflexão, ou seja, induz a criança a pensar  sobre a ordem das coisas", explica Adela.

Por outro lado, famílias que são local de embates frequentes tendem a criar pessoas igualmente agressivas, repressoras e autoritárias em outros espaços e situações.

"Esta tônica infeliz, de agressões e autoritarismo, poderá, inclusive, levar à deterioração dos laços familiares e ao afastamento dos membros da família", diz o doutor João Luís. "O autoritarismo está  mais preocupado com o tempo presente, com o controlar uma situação atual. Por isso, exige que os pais tomem medidas como castigos ou punições que tem valor nesse momento, mas muitas vezes não têm efeito duradouro e, por isso, exigem ser repetidas. Pode ter como consequência uma submissão passiva ou uma rebeldia recorrente", esclarece a doutora Adela.
 
Recuperação - E será possível para os pais recuperar a autoridade em lares nos quais tudo já está caótico e as relações são desrespeitosas? A regra é nunca perder a esperança.

"Algumas pessoas advogam que devemos zerar as relações, recomeçar mesmo. Pode ser uma boa alternativa esse recomeço, mas dependerá muito das pessoas acreditarem nisso. As cicatrizes e dores permanecem e qualquer recaída pode ser fatal. É preciso consciência, que se estabeleça um acordo coletivo, que as pessoas queiram muito, percebam que, além das diferenças, deve prevalecer o amor e os fortes sentimentos que as unem. É possível, sim, superar qualquer diferença quando o que de fato une as pessoas é um sentimento como o amor", acredita João Luís.

Esse não é um processo fácil e não há soluções prontas. Tudo exige tempo e trabalho. "Não há nada mais delicado nas relações humanas que a confiança. Quando as crianças nascem, dão um voto de confiança a seus pais. Eles têm que saber que esse é um presente precioso que seus filhos lhes deram. Se o perdem, terão um trabalho enorme para recuperá-lo. O que os pais terão que conseguir é que seus filhos voltem a acreditar na palavra deles. Às vezes, nesses casos, é necessário que um profissional intervenha para ajudar nesse reestabelecimento", diz Adela.

O que fazer - O diálogo deve ser a palavra de ordem na mediação dos inevitáveis conflitos ou diferenças de opinião que surgirem. Com base na opinião dos especialistas João Luís e Adela Stoppel, confira algumas dicas do que deve ser feito para exercer a autoridade:

 – pais educam pelo exemplo. Assim, o diálogo começa pela forma de relação entre o casal. O respeito mútuo assumido de forma honesta e franca diante dos filhos é a forma primordial de estabelecer para as crianças e adolescentes que é deste modo que se superam as divergências;
 – o diálogo assume tons variáveis de acordo com a maior ou menor ênfase que se pretende dar aos assuntos em discussão. Algumas vezes, a conversa tende a ser mais tensa ou dura. No entanto, não se pode perder de vista que, por mais sério e grave que seja o caso, as pessoas envolvidas nesta discussão são pais e filhos e que, dessa forma, em nenhum caso deve haver violência ou imposição, autoritarismo;
 – deve prevalecer a clareza das informações, o direito de os filhos se manifestarem, de apresentarem o seu lado, de se defenderem;
 – pais que tem autoridade transmitem segurança para o filho. É importante que a criança saiba que há alguém que ensina o que se pode fazer e o que é proibido;
 – a autoridade apoia-se no poder da palavra, ou seja, que a palavra tenha valor de ato e de promessa. A criança confia na autoridade de seus pais quando verifica que eles cumprem o que dizem e fazem o que prometem. As crianças buscam confirmar isso de forma recorrente;
 – a palavra não precisa ser dita a cada vez. Para um pai que tem autoridade, só com seu olhar a criança já entende que está fazendo algo que não devia. O olhar diz algo como: "Já lhe disse que...".

O que não fazer - De acordo com a psicóloga Adela, o autoritarismo instala-se no lar quando, por algum motivo, a autoridade perdeu sua base. "É geralmente uma tentativa de reinstaurar a autoridade e que, geralmente, fracassa, porque a sustentação simbólica da autoridade não está funcionando bem". Veja o que buscar não fazer, sob pena de se tornar um pai autoritário e não com autoridade:

 – o pai não deve desautorizar a mãe na frente da criança, ou vice-versa. A autoridade passará a ser questionada pelas crianças, pois parecerá relativa. essa relatividade não dá confiança suficiente para a criança;
 – atitudes autoritárias e violentas desencadeiam situações ainda piores, de confrontação e de transgressão ainda maiores. Proibir, punir ou limitar ações dos filhos, por exemplo, só tem sentido se a situação como um todo for explicada de forma clara a eles para que entendam os motivos destas sanções impostas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A ORIGEM DAS COISAS

Olá!!!

Nossa amiga Ruana em sua aula de cursinho assistiu esse vídeo, quando ela nos contou ficamos muito interessada nos conceitos discutidos. A pesquisa foi feita por Annie Leonard, o vídeo fala sobre muitos objetos, utensílios, coisas que às vezes que não podemos viver sem, mas retrata o desperdício, o valor do dinheiro, a globalização e até reflete sentimentos que devemos ter, sobre as coisas que descartamos.
O vídeo tem 20 minutos, carrega rapidinho, serve como sugestão para projetos pedagógicos, para aprofundamento em algum componente curricular, ou até mesmo como fonte de pesquisa para algum trabalho escolar. No mais só por curiosidade e informação é válido pra qualquer leitor do nosso blog. 

Dica: Se você tiver o Real Player você pode baixar em seu computador para usá-lo depois - é só arrastar a seta do mouse pra parte superior direita do vídeo, e dá um clique, caso não esse você pode baixar o programa na net ou comprá-lo.
O vídeo também está disponível no You Tube, foi de onde baixamos pra vocês.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

TALENTO, ÉTICA E SUCESSO

 SUCESSO - Desde muito cedo as crianças passam por um processo de imitação. Se espelham nas pessoas que gostam, lembram, que a gente ficava falando que queria ser professora para as meninas e bombeiro e policial para os meninos?

Depois surgem as influências da mídia e os meninos já não querem ser bombeiro, nem policial e as meninas já não querem mais ser professoras. A moda, as propagandas entram na vida de todos, estes agora querem ser e ter o que os atores são e possuem em novelas, filmes, querem ter o estilo de vida dos artistas e os sonhos da juventude são trocados pelos "hérois" que vão surgindo a cada programa, fofoca, furo, agitação e assim a idéia de sucesso e transforma. 

Num programa passado semanas atrás no canal futura chamado: ética, várias foram as opniões apresentadas, mas todas remetiam as mesmas respostas, SUCESSO é: ter dinheiro, mansão, carrão, ser ou uma mulher bonita, aparecer em revistas, ganhar prémios, dá autográfo e para isso não importa ter talento é preciso ter fama por alguma coisa.

TALENTO?
Aqui podemos introduzir a ÉTICA, não importa para alguns como vão obter sucesso, o importante é chegar lá. Nesse mesmo programa uma moça confessa que só não faz matar, nem roubar o dinheiro de ninguém, mas qualquer outra coisa ela faria para ser artista, pois se não conseguir se tornar uma, vai ser infeliz, vai se sentir fracassada. Prefere ser uma mau atriz mais que faça muito sucesso do que o contrário e ainda diz: "Falo o que muita gente não tem coragem de falar" (e não é que é verdade). 
As revistas de fofocas e noticiários só crescem e confirmam esses dados, os "15 minutos de fama" é um letreiro luminoso para ser "tornar um artista" e ter sucesso e o impressionante é que é grande o número de seguidores desses artistas instantâneos.

Hoje em dia é até amendrontador fazer a pergunta: "O que você quer ser quando crescer?"

Num mundo de pessoas tão carentes e repletos de feridas emocionais, Kássia Kiss (é sim tem muito talento para ser atriz) nos lembra: "Faço o que gosto, mas faço porque tenho um objetivo, através do meu trabalho posso contribuir com o mundo, tocando pessoas, mudando pensamentos que podem mudar a forma de ver de uma família, na direção de que coisas melhores possam acontecer. Isso sim é sucesso. 

Sucesso é saber usar o talento que se tem, sendo profissional, sem esperar nada em troca, sem precisar passar por cima de nenhum princípio, se doando e fazendo o que se sabe fazer, se obtém os frutos, contas pagas, um lar pra repousar, uma família, saúde, paz e felicidade plena.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

LIVROS X TECNOLOGIA


 Às vezes nos perguntamos se estamos envelhecendo muito rápido ou são as mudanças que não esperam por ninguém.

Antes de abandonar as fraldas, as crianças já sabem usar muito bem todos os aparatos tecnológicos e quando nos deparamos com perguntas como essa ao lado, observamos que não estamos ficando velhos muito cedo e sim são as necessidades, a concorrência de mercado e a moda que impulsionam cada vez mais o surgimento de novas tecnologias.

Em detrimento com o saber e a sala de aula nos deparamos com grandes desafios como: o uso da tecnologia dentro da sala de aula; o domínio de muitas máquinas para melhorar nosso próprio trabalho, o uso incontrolável em sala de MP3, notebook, pen drive, celular, máquinas digitais etc, pelos próprios alunos e do outro lado está, a comodidade na realização de trabalhos, a produtividade, aprendizagem e percepção dos alunos.

Para abrir essa nova semana e levando em conta algumas publicações sobre esse assunto em nosso blog, queremos saber de vocês: alunos, pais, futuros profissionais e profissionais atuantes na área de educação, quais são os dilemas, as dificuldades, os pontos positivos e negativos, as propostas e todas as experiências vividas.

ESPEREMOS PELO COMENTÁRIO DE VOCÊS PARA UMA BOA CONVERSA, DEBATE E TROCA DE IDÉIAS.

Uma ótima semana a todos!!!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

GOVERNO PROMETE OFERECER 75 MIL BOLSAS DE ESTUDO NO EXTERIOR ATÉ 2014

Em pronunciamento na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Dilma disse que a preocupação do governo é melhorar a capacitação dos trabalhadores. Foco será engenharia e tecnologia.

O Diálogo Para o Novo Ciclo de Desenvolvimento lançou o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional. "O governo, dentro de uma grande preocupação, não apenas com a capacitação profissional e o ensino médio profissionalizante, está preocupado em formar estudantes que serão nossos futuros cientistas", disse, acrescentando que o Brasil vai usar o recurso usado por outros países, que é o de enviar estudantes ao exterior.

A ideia, explicou, é lançar, até 2014, 75 mil bolsas de estudo para financiar esses estudantes no exterior, particularmente na área de ciências exatas. "Acredito que o setor privado pode comparecer com uma ajuda que nos permita chegar a 100 mil bolsas em 2014. É o desafio que chamo cada um aqui presente", pediu Dilma. 

Hoje, cerca de cinco mil brasileiros estudam no exterior com bolsas concedidas pelo governo em países como França, Alemanha e Estados Unidos. Com a meta do Pronatec de oferecer 75 mil oportunidades até 2014, a expectativa é que 18 mil bolsas sejam distribuidas por ano. 

 Para Dilma Rousseff, a proposta de aumentar o número de brasileiros que estudam fora faz parte do plano de qualificação da mão de obra brasileira, algo que ela considera essencial para o Brasil prosseguir nesse novo ciclo de seu desenvolvimento. 
 ESTAMOS DE OLHO!
FONTE: Emissora de TV NBR, acompanhado ao vivo.

EDUCAÇÃO E OUTRAS COISAS POR CÁSSIA KISS

Cássia Kiss participou do programa Domingão do Faustão no último domingo, se eu já gostava dela como atriz, no quadro Arquivo Confidencial ela revelou a grande mulher que é. Provando que família é a base de tudo, que os valores de um ser humano jamais são mudados perante os sofrimentos.

Como atriz e mulher ela declarou que: “E tudo que eu quero como mulher é ser uma pessoa bonita, eu quero sensibilizar as pessoas”.  Logo refleti que essa beleza da qual ela fala não se trata do que vestimos, de como arrumamos o cabelo, ou de como as pessoas caem aos seus pés por anda passa e sim da beleza interior, do que podemos oferecer ao próximo sem pedir nada em troca, de ser bonita no bem, no falar, no pensar, no agir, de não precisar dizer nada e ainda sim fazer a diferença. Uma beleza que não é disputada, mas que chama atenção onde estiver.

Durante o programa pessoas importantes em sua vida, como sua mãe e irmãos, falaram da infância difícil que tiveram, mas que mesmo assim, não desistiram, pois sua mãe não deixava, sempre pedindo pra correr atrás, pra se virar, mas sendo sempre educado, agradecido e responsável, Cássia disse que aprendeu com a mãe e passa pro seus filhos que todos os dias precisamos passar pelo processo de HUMILDIFICAÇÃO. As crianças de hoje são reis dentro de casa, hoje a mãe não pode dá uma bronca, não pode dá uma palmada na mão se pega algo de alguém, não pode dá uma palmada na boca se fala palavrão, não tem horário pra nada, e as crianças vão DOMANDO os pais. As crianças são mimadas, fazem o que querem porque não sabem perder, ela lembra e logo me recordo que na minha infância era sim, que antigamente existia castigo, fez algo errado, era tirado algo da gente, mas hoje é diferente, os pais enchem as crianças de mimo, “quando elas fazem 18 anos, ganham um carro e vão matar as pessoas nas ruas”, sem disciplina e sem a responsabilidade na educação, eles fumam, cheiram, bebem. E aí? E aí estas tragédias, guerras, caos, índices que se apresentam diariamente no mundo, é tão puramente reflexo do que somos.

O processo de humildificação faz a gente colocar os pés no chão, a sermos doces, educados, gratos, responsáveis, doadores, amorosos, o mundo e a nossa vida precisa disso.
Pra confirmar tudo isso só a o depoimento de seus filhos e esposo pra confirmar a grandiosidade e influência que pode ter uma pessoa. Nossa! Foi emocionante perceber o amor, carinho e respeito dos filhos e para ficar sem palavras no final dessa postagem, eis que esposo fala: “Volta logo pra casa que eu quero te beijar”.

Acessem o link vejam na íntegra: http://domingaodofaustao.globo.com/platb/programa/2011/07/no-palco-cassia-kis-magro-conta-sobre-sua-personagem-dulce/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DESAFIO DO PROFESSOR DIANTE DA TECNOLOGIA



Achamos outro vídeo bem interessante, que faz reflexão sobre a uso das novas tecnologias nas escolas e questiona se estamos preparados, diante dessa quebra de paradgima.

Abraços queridas e queridos!!!!

TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO

Hoje em dia é impossível as pessoas se imaginarem sem TV, internet ou telefone e fazer uma volta ao passado é tentar imaginar como as pessoas conseguiam sobreviver.

Quando falamos em tecnologia, lembramos apenas dos artefatos eletrônicos, porém tecnologia é toda a criação que visa otimizar os processos do cotidiano, seja na escola, no trabalho ou em casa.

A tecnologia existe desde os tempos mais remotos e faz relação com o ser humano e seu universo, não se referindo apenas a um produto final e sim a seu conceito. A fala, a escrita, o lápis, a folha de papel e uma infinidade de coisas é tecnologia.

As controvérsias a respeito da modernidade encontra-se com um grande trajeto diante do conhecimento social, permitindo apresentar diversos pontos de vista e atitudes. O desenvolvimento da pós modernidade como aumento do conflito da modernidade é mais uma questão investigada pelos teóricos, provocando uma atitude característica de alcançar a realidade atual.

Tecnologia é um termo usado para dar conhecimento às coisas mais variadas, de aparelhos e técnicas de produção até idéias. O computador passou assim, a ser uma das novas tecnologias da informação, evoluindo com outras tecnologias. No que se refere ao trabalho do professor, a prática dessas tecnologias implica em um novo paradigma, apresentado pelas diversas convivências entre o professor e os meios tecnológicos de estudo com os alunos.  

A tecnologia trouxe a quebra do paradigma existente no processo educativo desde a atuação do professor, passando pela participação do aluno, como a nova sala de aula deve funcionar como deve ser feito a avaliação e a metodologia que será usada. Essas ações favorecem uma sociedade em que o aluno saiba fazer e transformar as coisas pela tecnologia.

De acordo com Moran; Masetto e Behrens (2000, p. 44), “especificamente em rede, o computador se converte em um meio de comunicação, a última grande mídia, ainda em estágio inicial, mas extremamente poderosa para o ensino e a aprendizagem.” Visto dessa forma, o computador, torna-se um elemento eficiente para a comunicação, bom para fomentar o aprendizado. O uso da rede de comunicação não só estende a maneira de lidar em educação como insere novas possibilidades.

A Tecnologia da Educação, de uma maneira geral, busca exercer táticas mais competentes e mais apropriadas à metodologia da aprendizagem.

RECOMENDAMOS OS FIMES:

Minority Report - A Nova Lei 2010-05-22 Francisco
Lançamento: 2002 (EUA)
Direção: Steven Spielberg
Atores: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough.
Duração: 146 min
Gênero: Ficção Científica
 Retratando um futuro em 2054, antecipando a lousa eletrônica, hoje adotada em diversas escolas particulares, em que o profesor pode imitar o que a personagem de Tom Cruise fazia no filme, literalmente mexendo na tela com desenvoltura, com a ponta dos dedos.

EU, RobôTítulo original: (I, Robot)
Lançamento: 2004 (EUA)
Direção: Alex Proyas
Atores: Will Smith, Bridget Monayhan, Bruce Greenwood, Chi McBride.
Duração: 115 min
Gênero: Ficção Científica
Status: Arquivado
Filme adapatdo da obra homônima de Isaac Asimov, em trata da consciência de que podemos não ser máquinas, mas agimos como tais sem nos darmos conta disso (na história, homens e máquinas vivem em harmonia, até que ocorre um incidente).


 Rafinha e a vida 2.0 - A nossa professora Juliana Suzuki em aula de tecnologias da educação apresentou esse vídeo pra gente. Muito interessante pra aprimorar/ilustrar o conhecimento. Baixamos no youtube pra vocês.

REFERÊNCIAS:
MORAN, José Manuel; MASETTO Marcos T.; BEHRENS Marilda Aparecida. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. 13ª Edição. Campinas - SP: Papirus, 2000.
Textos Web Aula e Tele Aulas. Disponível em: dPS://www.unoparvirtual.com.br – Área Restrita.

SUZUKI, Juliana Telles Faria; RAMPAZZO Sandra Regina dos Reis. Tecnologias em Educação. São Paulo: Pearson Education, 2009.

POLÍTICAS E GESTÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

A política se inicia em casa, através da hierarquia. Uma criança sabe a quem pedir pra sair e brincar, quais são seus deveres e direitos, os pais dessa mesma criança em seu ambiente de trabalho têm regras a serem cumpridas e também segue a escala de hierarquia para resolver problemas. Tudo isso é criado para que se possa manter a ordem, o equilíbrio, a harmonia, o progresso e o desenvolvimento. Muito mais que isso, a política serve pra colaborar, viabilizar e proporcionar meios de manter não só uma família e uma empresa, mas a direção para qual o país será levado.

Se tratando de educação, a política não só tem o dever de criar e atualizar leis que garantam o acesso dos alunos a escola e uma qualidade de ensino, mas também de fiscalizar, zelar e manter todo o processo educacional e seus envolvidos. Hoje, temos muitos desafios a serem superados, tais como: o conhecimento da própria lei e seu cumprimento, a qualidade, a equidade e a gestão democrática. O cenário da educação brasileira é devastador, escolas sem estrutura, professores ganhando pouco, seleção de currículo, analfabetismo, falta de interesse dos alunos em aprender, entre muitos outros problemas a serem solucionados.
Ao longo da história muitas conquistas trouxeram liberdade e autonomia à educação e aos seus educadores, como a criação da constituição federal, as leis de diretrizes e bases, os planos e projetos, que reformulavam o sistema de ensino, trazendo a possibilidade de melhorar o ensino e aprendizagem de cada aluno.

Pode-se dizer que tem sido de comum acordo, entre os professores, a constatação de que a inclusão da comunidade local nas tarefas mediadas pelas escolas é fator predominante na superação da melhora do ensino. Contudo, devemos também considerar que a participação dos pais nas escolas pode gerar uma certa desavença, no que diz respeito aos seus interesses, pois esses mesmos interesses muitas vezes são diferentes com os dos educadores e outros funcionários da escola. A essa prática de inclusão compete ao pedagogo desenvolver e facilitar a aproximação da comunidade local à escola. O pedagogo precisa buscar os pais, entidades, associações e propor projetos e atividades em parceria.

Adotando a função do articulador na tarefa de incorporar a comunidade e a escola, o pedagogo se transforma em um elo entre a escola e as entidades da comunidade local. Através desse elo é que o pedagogo pode tornar viável a troca entre as experiências educativas realizadas pelos alunos fora da escola com as que acontecem no seu interior. Integrar a escola com a comunidade é de certa forma uma tática a qual facilita estabelecer uma relação dos pais à vida escolar de seus filhos.

O início da gestão democrática nos ambientes escolares induziu à invenção de cargos, os quais se tornaram regulamentados no Estatuto, com a finalidade de abarcar parceiros do diretor para participar da gestão escolar.

Grande parte dos professores deixam a disposição da equipe de gestão as suas propostas, em busca de melhorias nas condições de trabalho, sejam elas em relação a carga horária, ao salário e até mesmo a forma de ensinar.Os docentes encaram com intensidade barreiras, pois, a realidade social e o contexto de sua função são complexos e inerentes ao trabalho.

RECOMENDAMOS:

O FILME: PRO DIA NASCER FELIZ.

Documentário sobre as diferentes situações que adolescentes de 14 a 17 anos, ricos e pobres, enfrentam dentro da escola: a precariedade, o preconceito, a violência e a esperança. Foram ouvidos alunos de escolas da periferia de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco e também de dois renomados colégios particulares, um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro. Onde os professores decidem o destino curricular dos alunos "difíceis" e momentos de relativa intimidade pessoal.
Lançamento: 2006


REFERÊNCIAS:

ARAUJO, Adriana de; NASCIMENTO Josilaine Burque Ricci; KFOURI, Samira Fayez. Políticas e gestão dos espaços educativos. São Paulo: Pearson Education 2011.
Textos Web Aula Disponível. Disponível em: http://www.unoparvirtual.com.br – Área Restrita.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROFESSORA POTIGUAR AMANDA GURGEL SILENCIA DEPUTADOS NO RN



Com esse vídeo até nós educadores silenciosmos reflexivos, mas levantamos para ovacionar a muito mais que um desabafo. É um grito de vamos acordar e fazer as coisas acontecerem  senhores governadores. Do jeito que está não dá!!! 

Parabéns professora Amanda!

Você está sendo muito mais que inspiração para todos os educadores do Brasil, que desejam, sonham, lutam e buscam pela mudança da EDUCAÇÃO EM NOSSO PAÍS.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Programa de acesso ao ensino técnico e ao emprego requer ação coletiva

O sucesso do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que tem como meta beneficiar 8 milhões de estudantes e trabalhadores com cursos técnicos e de qualificação até 2014, depende da união dos governos federal, estaduais, das entidades que compõem o Sistema S – Sesi, Senai, Sesc e Senac e do Parlamento. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 11, pelo secretário de educação profissional do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, durante audiência pública no Senado que debateu o tema. O projeto de lei que cria o Pronatec está em tramitação em regime de urgência no Congresso Nacional. “A educação profissional tem que ser entendida dentro de um projeto de desenvolvimento democrático e soberano do país”, observou Eliezer. O Pronatec prevê a continuidade da expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, com mais 201 escolas; do programa Brasil Profissionalizado; investimento federal nas escolas técnicas estaduais; novos polos do e-tec Brasil, ensino técnico a distância, e do acordo de gratuidade com o Sistema S. O programa traz ainda uma série de outras iniciativas, como o novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), para estudantes que queiram fazer curso técnico ou para empresas que desejam qualificar seus funcionários. Prevê também a bolsa formação para estudantes do ensino médio das redes públicas, para formação em curso técnico no contraturno escolar, e a bolsa formação para trabalhadores do seguro desemprego e beneficiários do Bolsa Família. “Com o programa buscamos resolver a falta de mão de obra qualificada, mas também melhorar a qualidade da educação, especialmente para os estudantes do ensino médio”, disse Eliezer.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

AUMENTO DA CARGA HORÁRIA ESCOLAR

Professores universitários da federal no Piauí entram em greve, essa semana o Jornal Nacional apresentou uma série sobre a educação, em que professores não conseguem fazer planejamento de aula porque não há tempo/espaço para fazer, outros professores pra não deixarem seus alunos perderem o ano, tiram do seu próprio salário (que não R$ é muito) pra comprar material escolar, em outra escola os alunos precisam sair mais cedo, pois não há merenda escolar e as escolas que conseguem distribuir a merenda são descobertas com um grande número de produtos vencidos. Uma vice-diretora em Salvador enviou uma carta pra mãe de aluno de 11 anos (11 anos) questionando a sua sexualidade e com uma suspensão de dois dias, por causa de uma brincadeira. Na TV Escola o programa Salto para o Futuro, apresentou as dificuldades de se falar e fazer algo sobre a diversidade que gera o bullyng e muitos outros problemas e a pouca evolução na compreensão do currículo e como adequar os problemas vividos pelo aluno para ser trabalhado em sala.

 "A educação quer mais”,  “Acreditamos que o dinheiro público é para a escola pública, pois assim ela terá qualidade. Somos contra a compra de vagas em escolas particulares”, declarou Cleuza Rodrigues, que também ressaltou: “Vamos respeitar as deliberações da Conae e destacar a construção coletiva das emendas para o PNE”. Esse foi o clamor de 1500 educadores em Brasília.
Tudo isso aconteceu em menos de duas semanas, muitos fatos em menos de três dias. Para sanar esses e muitos outros problemas a Comissão de Educação do Senado Federal aprovou, na semana passada, o projeto de lei que aumenta de 800 para 960 horas anuais a carga horária mínima para os ensinos infantil, fundamental e médio. Na prática, a medida vai significar 40 minutos a mais no turno diário dos estudantes ou ampliação de até 40 dias no calendário letivo.

A proposta seguirá direto para a Câmara dos Deputados, salvo se houver recurso para votação em plenário no Senado. Caso a lei seja sancionada ainda este ano, entra em vigor em 2013.

E a educação o que faz?

Em um termo bem chulo a educação tem que chupar essa manga!!!

Talvez queiram imitar o modelo de ensino do exterior, mas pra que isso aconteça é necessário que sejamos tão altos suficientes na educação como os países do lado de lá. Só pra lembrar nosso nível de qualidade de ensino em escala mundial está na casa 59º.

Mais uma vez os eleitores confiam o poder às pessoas que possam fazer a diferença e mais uma vez a diferença não é feita. Com a carga horária que já existe, os problemas que até dá pra  fazer TCC, mestrado e doutorado falando sobre eles, não são resolvidos, como é que vamos aumentar a carga horária se a educação no nosso país (salvo os educadores que realmente tentam fazer a diferença, por si só) só está no nome?

E você é contra ou a favor desse aumento da carga horária escolar?

... E o tempo está cada vez menor...

terça-feira, 10 de maio de 2011

O QUE É CURRÍCULO? TEORIAS CURRICULARES, TIPOS DE CURRÍCULO

O QUE É CURRÍCULO?
    O currículo constituiu um dos fatores que maior influência possui na qualidade do ensino. Este aparente consenso esconde um equívoco. Não existe uma noção, mas várias noções de currículo, tantas quantas as perspectivas adotadas.  O currículo continua a ser identificado, com o "plano de estudo". Currículo significa, neste caso, pouco mais do que o elenco  e a sequência  de matérias propostas para um dado ciclo de estudos, um nível de escolaridade ou um curso, cuja frequência e conclusão conduzem o aluno a graduar-se nesse ciclo, nível ou curso. "Em termos práticos, como escreve Ribeiro (1989), o plano curricular concretiza-se na atribuição de tempos letivos semanais a cada uma das disciplinas que o integram, de acordo com o seu peso relativo no conjunto dessas matérias e nos vários anos de escolaridade que tal plano pode contemplar".   Este conceito de currículo, muito próximo do conceito de programa, como foi formulado por Bobbit (1922), evoluiu para um conceito mais amplo que privilegia o contexto escolar e todos os fatores que nele interferem. Procurando traduzir estas novas concepções Ribeiro (1989), propôs a seguinte definição mais operacional de currículo: "Plano estruturado de ensino-aprendizagem, incluindo objetivos ou resultados de aprendizagem a alcançar, matérias ou conteúdos a ensinar, processos ou experiências de aprendizagem a promover”
    Mas o currículo não é apenas planificação, mas também a prática em que se estabelece o diálogo entre os agentes sociais, os técnicos, as famílias, os professores e os alunos. O currículo é determinado pelo contexto, e  nele adquire diferentes sentidos conforme os diversos protagonistas.
TEORIAS CURRICULARES
As teorias curriculares diferenciam-se pela importância que atribuem a conceitos como aprendizagem, conhecimento, dimensão humana, cultura ou sociedade.
TEORIAS CURRICULARES NÃO-CRÍTICAS: Tem uma visão de pedagogia tradicional e tecnicista do currículo onde este deve ser neutro e seu foco está voltado em ter uma escola que funcione como uma fábrica. Além de seguir com essa referência essa teoria seguia princípios do Taylorismo (a escola funcionando como uma empresa privada e o trabalhador que precisa produzir e pouco respira) Fordismo (implantou o Taylorismo na fábrica e aprimorou a: intensificação, economia, produção, o Taylorismo aplicado nas escolas visa à padronização do processo pedagógico e os alunos são encarados como produtos de fábrica a escola transmite conhecimentos acumulados ao longo da história como verdade absoluta e os alunos devem se enquadra para poder atuar na sociedade esses conhecimentos são passados de ordenada numa seqüenciada lógica e psicológica e a avaliação é o meio de constatar se os alunos conseguiram atender a esses desejos. O professor é o centro desse processo deve ser respeitado com regras e disciplina rígida. Assim o aluno é um ser submisso preso ao aprender e fazer.
TEORIAS CURRICULARES CRÍTICAS: As primeiras críticas a pedagogia tradicional surge em meados dos anos 60 com os movimentos sociais e culturais que questiona a desigualdade que foi provocada no sistema de ensino, que não valorizava o ensino aprendizagem e sim um modelo pronto e ideológico de conhecimento a visão crítica quebra o saber capitalista como um código indecifrável, no qual só a elite burguesa tinha acesso e daí pra baixo apenas seguiam-se regras. Para esta visão o importante é entender o que o currículo faz, assim ele é uma ponte para docentes e alunos, que através de um código cultural podem examinar de forma renovada os acontecimentos do cotidiano. E justamente através da cultura que a escola transfere para os alunos de forma adequada as experiências humanas significativas, a cultura é vista como aquilo pelo que se luta e não o que se recebe. Autores como Freire, Saviani, Libâneo, Apple e Passeron, trabalham com essa teoria. A visão crítica argumenta que o currículo deve funcionar para seus alunos como instrumento de emancipação e libertação. Aqui o professor é o dominador desse processo pedagógico (que propõe uma interação entre conteúdo e uma realidade concreta, visando à transformação da sociedade) e é um mediador para a construção do saber do aluno.
TEORIAS CURRICULARES PÓS-CRÍTICA: Surge no século XXI direcionando suas bases para um currículo no qual se vincula conhecimento, identidade e poder com temas como gênero, raça, etnia, sexualidade, subjetividade, multiculturalismo, entre outros. O currículo aqui é uma linguagem de significados, imagens, falas que revelam histórias esquecidas, vozes silenciadas, códigos distintos.
TIPOS DE CURRÍCULO
CURRÍCULO FORMAL, OFICIAL, PRESCRITO, EXPLÍCITO: É tudo aquilo que é imposto pelo sistema de ensino, como as LDB, PCN, Proposta pedagógicas.
CURRÍCULO REAL, EM AÇÃO: O que será realizado em sala, ou seja, é o planejamento de aula que o professor faz e vai praticar em sala de aula. Muitas modificações nesse processo podem ocorrer. É o planejamento e ação.
CURRÍCULO OCULTO, NULO: São todas as manifestações em ambiente escolar. São as simbologias que formam o ambiente escolar.  que não estão expressos em palavras ou não estão formalmente no papel.

Conclusões próprias extraídas de nossas tele e web aulas no sistema portfólio unopar. www.unoparvirtual.com.br

sábado, 16 de abril de 2011

Programa que democratiza acesso ao ensino técnico está pronto para vigorar

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 13, em entrevista coletiva em São Paulo que uma das marcas de governo será o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), conjunto de ações voltado para democratização do acesso à escola técnica.
Ele afirmou que o programa terá várias possibilidades de oferta, com ênfase no ensino técnico público, mas também na formação profissional para o trabalhador e beneficiários de programas de transferência de renda.
“Envolverá várias instituições públicas, bolsas e financiamento, as mesmas soluções clássicas dada ao ensino superior, com são o ProUni [Programa Universidade para Todos], Reuni [expansão das universidades federais], Fies [financiamento ao estudante], Universidade Aberta”, explicou ele. O ministro disse que o programa deve sair depois que a presidenta Dilma Rousseff voltar da China. “Já está em análise econômica. Assim que ela tomar a decisão, já está pronto para anúncio.”
O Pronatec se insere no conjunto de ações do governo federal voltadas para a ampliar a oferta de educação profissionalizante no país. Além de gerar e financiar um milhão de vagas no ensino técnico para estudantes e trabalhadores desempregados, ações já em curso como o Brasil Profissionalizado e a expansão da rede federal de educação profissional serão beneficiadas com o programa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

MORRE UM PROFESSOR

Recebemos esse lindo texto em Power Point por email, com fundo musical do hino nacional brasileiro.
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
EU ACUSO por Igor Pantuzza Wildmann, Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova sub-sequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro. O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada.  A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensinoimperativo de convivência supostamente democrática. No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.” Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso...  com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente... Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”. Um desses jovens revoltado com suas notas baixas cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente, deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei.  Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público.  A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para  adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições,  freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estarem;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam  analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever,  tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como NÃO ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não podem aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores; Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia. Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima.  Uma eterna vítima.
O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida.
Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós.
Que a sua morte não seja em vão.
É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.