terça-feira, 30 de agosto de 2011

EDUCAR OS FILHOS COM AUTORIDADE E NÃO AUTORITARISMO



 
Leonardo Meira da Redação da Canção Nova preparou essa matéria e lendo achamos muito interessante pra vocês, pais, educadores e escolas.
Veja e ouça a entrevista completa pelo link:  http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282214



Educar os filhos com autoridade, e não autoritarismo, é um dos principais desafios diante dos quais os pais se deparam no processo de formação dos pequenos.

Ter autoridade implica desfrutar de alguma forma de comando ou poder sobre outras pessoas, característica de alguém que exerce o direito de se fazer obedecer. Já o autoritarismo diz respeito ao exagero, ao uso desproporcional de força, ao fim do diálogo, à intimidação ou mesmo humilhação, a todo um sistema ou ideologia totalitária.

Crianças formadas de maneira sadia precisam de pais que se filiem à primeira opção e saibam exercer de modo correto a autoridade que lhes é própria, em função dos seus papéis dentro de casa.

"No ambiente doméstico, a autoridade está relacionada ao respeito e consideração aos pais por parte de seus filhos, ligada aos laços sanguíneos, ao fato de que os pais, além de progenitores, se responsabilizam durante toda a infância e adolescência pela formação, valores, educação e preparação para o contato com o mundo externo, além dos sentimentos fortes que os unem", esclarece o doutor em Educação pela PUC-SP, João Luís Machado.

Por sua vez, a psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, Adela Stoppel de Gueller, lembra que a pessoa investida de autoridade "se ocupa de fazer cumprir aqueles valores morais nos quais acredita, que lhe foram transmitidos por seus antecessores e que no presente toma como próprios. Para a criança, os pais são as primeiras figuras de autoridade e, durante muito tempo, as mais importantes. Ao longo da primeira infância, os pais vão transferindo esse direito para avós, professores, médicos, etc. A criança começa a ir à escola quando está pronta para reconhecer nos educadores figuras de autoridade, além das de seus pais".
 
Reflexos - Nas famílias em que prevalece o diálogo e a autoridade é percebida de forma natural, as crianças aprenderão a utilizar em suas outras relações, fora do âmbito familiar, as ferramentas da compreensão e do entendimento. "Nesse sentido, reitero a necessidade de que a argumentação deve ser sempre bem feita, clara e evidenciar a situação, os motivos da conversa, as questões em pauta, os problemas discutidos e as alternativas de solução", opina João Luís.

Sustentar a autoridade implica um compromisso ético e de muita responsabilidade acerca das ações dos adultos.

"Ter autoridade com os filhos decorre da seriedade que os pais têm consigo e entre si mesmos. Quando os pais sustentam a autoridade, estão transmitindo aos filhos o valor da responsabilidade e do compromisso, e é isso que permitirá que, um dia, seus filhos possam exercer o lugar de pais. Isso quer dizer que a autoridade está estreitamente ligada à transmissão de uma geração a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores  do passado para o futuro. A autoridade apazigua as crianças porque transmite firmeza e segurança. Permite um questionamento que induz à reflexão, ou seja, induz a criança a pensar  sobre a ordem das coisas", explica Adela.

Por outro lado, famílias que são local de embates frequentes tendem a criar pessoas igualmente agressivas, repressoras e autoritárias em outros espaços e situações.

"Esta tônica infeliz, de agressões e autoritarismo, poderá, inclusive, levar à deterioração dos laços familiares e ao afastamento dos membros da família", diz o doutor João Luís. "O autoritarismo está  mais preocupado com o tempo presente, com o controlar uma situação atual. Por isso, exige que os pais tomem medidas como castigos ou punições que tem valor nesse momento, mas muitas vezes não têm efeito duradouro e, por isso, exigem ser repetidas. Pode ter como consequência uma submissão passiva ou uma rebeldia recorrente", esclarece a doutora Adela.
 
Recuperação - E será possível para os pais recuperar a autoridade em lares nos quais tudo já está caótico e as relações são desrespeitosas? A regra é nunca perder a esperança.

"Algumas pessoas advogam que devemos zerar as relações, recomeçar mesmo. Pode ser uma boa alternativa esse recomeço, mas dependerá muito das pessoas acreditarem nisso. As cicatrizes e dores permanecem e qualquer recaída pode ser fatal. É preciso consciência, que se estabeleça um acordo coletivo, que as pessoas queiram muito, percebam que, além das diferenças, deve prevalecer o amor e os fortes sentimentos que as unem. É possível, sim, superar qualquer diferença quando o que de fato une as pessoas é um sentimento como o amor", acredita João Luís.

Esse não é um processo fácil e não há soluções prontas. Tudo exige tempo e trabalho. "Não há nada mais delicado nas relações humanas que a confiança. Quando as crianças nascem, dão um voto de confiança a seus pais. Eles têm que saber que esse é um presente precioso que seus filhos lhes deram. Se o perdem, terão um trabalho enorme para recuperá-lo. O que os pais terão que conseguir é que seus filhos voltem a acreditar na palavra deles. Às vezes, nesses casos, é necessário que um profissional intervenha para ajudar nesse reestabelecimento", diz Adela.

O que fazer - O diálogo deve ser a palavra de ordem na mediação dos inevitáveis conflitos ou diferenças de opinião que surgirem. Com base na opinião dos especialistas João Luís e Adela Stoppel, confira algumas dicas do que deve ser feito para exercer a autoridade:

 – pais educam pelo exemplo. Assim, o diálogo começa pela forma de relação entre o casal. O respeito mútuo assumido de forma honesta e franca diante dos filhos é a forma primordial de estabelecer para as crianças e adolescentes que é deste modo que se superam as divergências;
 – o diálogo assume tons variáveis de acordo com a maior ou menor ênfase que se pretende dar aos assuntos em discussão. Algumas vezes, a conversa tende a ser mais tensa ou dura. No entanto, não se pode perder de vista que, por mais sério e grave que seja o caso, as pessoas envolvidas nesta discussão são pais e filhos e que, dessa forma, em nenhum caso deve haver violência ou imposição, autoritarismo;
 – deve prevalecer a clareza das informações, o direito de os filhos se manifestarem, de apresentarem o seu lado, de se defenderem;
 – pais que tem autoridade transmitem segurança para o filho. É importante que a criança saiba que há alguém que ensina o que se pode fazer e o que é proibido;
 – a autoridade apoia-se no poder da palavra, ou seja, que a palavra tenha valor de ato e de promessa. A criança confia na autoridade de seus pais quando verifica que eles cumprem o que dizem e fazem o que prometem. As crianças buscam confirmar isso de forma recorrente;
 – a palavra não precisa ser dita a cada vez. Para um pai que tem autoridade, só com seu olhar a criança já entende que está fazendo algo que não devia. O olhar diz algo como: "Já lhe disse que...".

O que não fazer - De acordo com a psicóloga Adela, o autoritarismo instala-se no lar quando, por algum motivo, a autoridade perdeu sua base. "É geralmente uma tentativa de reinstaurar a autoridade e que, geralmente, fracassa, porque a sustentação simbólica da autoridade não está funcionando bem". Veja o que buscar não fazer, sob pena de se tornar um pai autoritário e não com autoridade:

 – o pai não deve desautorizar a mãe na frente da criança, ou vice-versa. A autoridade passará a ser questionada pelas crianças, pois parecerá relativa. essa relatividade não dá confiança suficiente para a criança;
 – atitudes autoritárias e violentas desencadeiam situações ainda piores, de confrontação e de transgressão ainda maiores. Proibir, punir ou limitar ações dos filhos, por exemplo, só tem sentido se a situação como um todo for explicada de forma clara a eles para que entendam os motivos destas sanções impostas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A ORIGEM DAS COISAS

Olá!!!

Nossa amiga Ruana em sua aula de cursinho assistiu esse vídeo, quando ela nos contou ficamos muito interessada nos conceitos discutidos. A pesquisa foi feita por Annie Leonard, o vídeo fala sobre muitos objetos, utensílios, coisas que às vezes que não podemos viver sem, mas retrata o desperdício, o valor do dinheiro, a globalização e até reflete sentimentos que devemos ter, sobre as coisas que descartamos.
O vídeo tem 20 minutos, carrega rapidinho, serve como sugestão para projetos pedagógicos, para aprofundamento em algum componente curricular, ou até mesmo como fonte de pesquisa para algum trabalho escolar. No mais só por curiosidade e informação é válido pra qualquer leitor do nosso blog. 

Dica: Se você tiver o Real Player você pode baixar em seu computador para usá-lo depois - é só arrastar a seta do mouse pra parte superior direita do vídeo, e dá um clique, caso não esse você pode baixar o programa na net ou comprá-lo.
O vídeo também está disponível no You Tube, foi de onde baixamos pra vocês.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

TALENTO, ÉTICA E SUCESSO

 SUCESSO - Desde muito cedo as crianças passam por um processo de imitação. Se espelham nas pessoas que gostam, lembram, que a gente ficava falando que queria ser professora para as meninas e bombeiro e policial para os meninos?

Depois surgem as influências da mídia e os meninos já não querem ser bombeiro, nem policial e as meninas já não querem mais ser professoras. A moda, as propagandas entram na vida de todos, estes agora querem ser e ter o que os atores são e possuem em novelas, filmes, querem ter o estilo de vida dos artistas e os sonhos da juventude são trocados pelos "hérois" que vão surgindo a cada programa, fofoca, furo, agitação e assim a idéia de sucesso e transforma. 

Num programa passado semanas atrás no canal futura chamado: ética, várias foram as opniões apresentadas, mas todas remetiam as mesmas respostas, SUCESSO é: ter dinheiro, mansão, carrão, ser ou uma mulher bonita, aparecer em revistas, ganhar prémios, dá autográfo e para isso não importa ter talento é preciso ter fama por alguma coisa.

TALENTO?
Aqui podemos introduzir a ÉTICA, não importa para alguns como vão obter sucesso, o importante é chegar lá. Nesse mesmo programa uma moça confessa que só não faz matar, nem roubar o dinheiro de ninguém, mas qualquer outra coisa ela faria para ser artista, pois se não conseguir se tornar uma, vai ser infeliz, vai se sentir fracassada. Prefere ser uma mau atriz mais que faça muito sucesso do que o contrário e ainda diz: "Falo o que muita gente não tem coragem de falar" (e não é que é verdade). 
As revistas de fofocas e noticiários só crescem e confirmam esses dados, os "15 minutos de fama" é um letreiro luminoso para ser "tornar um artista" e ter sucesso e o impressionante é que é grande o número de seguidores desses artistas instantâneos.

Hoje em dia é até amendrontador fazer a pergunta: "O que você quer ser quando crescer?"

Num mundo de pessoas tão carentes e repletos de feridas emocionais, Kássia Kiss (é sim tem muito talento para ser atriz) nos lembra: "Faço o que gosto, mas faço porque tenho um objetivo, através do meu trabalho posso contribuir com o mundo, tocando pessoas, mudando pensamentos que podem mudar a forma de ver de uma família, na direção de que coisas melhores possam acontecer. Isso sim é sucesso. 

Sucesso é saber usar o talento que se tem, sendo profissional, sem esperar nada em troca, sem precisar passar por cima de nenhum princípio, se doando e fazendo o que se sabe fazer, se obtém os frutos, contas pagas, um lar pra repousar, uma família, saúde, paz e felicidade plena.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

LIVROS X TECNOLOGIA


 Às vezes nos perguntamos se estamos envelhecendo muito rápido ou são as mudanças que não esperam por ninguém.

Antes de abandonar as fraldas, as crianças já sabem usar muito bem todos os aparatos tecnológicos e quando nos deparamos com perguntas como essa ao lado, observamos que não estamos ficando velhos muito cedo e sim são as necessidades, a concorrência de mercado e a moda que impulsionam cada vez mais o surgimento de novas tecnologias.

Em detrimento com o saber e a sala de aula nos deparamos com grandes desafios como: o uso da tecnologia dentro da sala de aula; o domínio de muitas máquinas para melhorar nosso próprio trabalho, o uso incontrolável em sala de MP3, notebook, pen drive, celular, máquinas digitais etc, pelos próprios alunos e do outro lado está, a comodidade na realização de trabalhos, a produtividade, aprendizagem e percepção dos alunos.

Para abrir essa nova semana e levando em conta algumas publicações sobre esse assunto em nosso blog, queremos saber de vocês: alunos, pais, futuros profissionais e profissionais atuantes na área de educação, quais são os dilemas, as dificuldades, os pontos positivos e negativos, as propostas e todas as experiências vividas.

ESPEREMOS PELO COMENTÁRIO DE VOCÊS PARA UMA BOA CONVERSA, DEBATE E TROCA DE IDÉIAS.

Uma ótima semana a todos!!!