Fernanda Souza, Patrícia Silva, Jumelice Brandão (estudantes de Pedagogia pela Unopar)
EDUCAÇÃO | JESUÍTICA | NOVA | NO PERÍODO DO REGIME MILITAR | NO PERÍODO DA REDEMOCRATIZAÇÃO |
CARACTE-RÍSTICAS | Educação formal dada pelos Jesuítas (Companhia de Jesus por Inácio Loyola) tinha como objetivo catequizar os índios, propagar a fé e fazê-los trabalhar coletivamente. Todas as escolas jesuíticas eram regulamentadas por documento de Loyola, a Ratio Studiorum. | Entrada do modo de produção capitalista impulsionou a criação de um sistema nacional de educação com Ministério e Secretárias de Estados. | Professores se manifestam para acabar com o analfabetismo, mas com o golpe militar de 1964, muitos foram perseguidos, despedidos, calados e exilados. | Movimentos e projetos dão origem a uma nova teoria, contra o analfabetismo, evasão, repetência, dando origem à pedagogia histórico-crítica, feita por filósofos e pedagogos, destaca-se Dermeval Saviani. |
A escola era organizada por seus espaços, com horários, orações e atividades. Os missionários incentivavam aos índios guarani o aprendizado nas áreas, administrativas e artísticas, intelectuais como: tipografia escultura, pintura, tecelagem metalurgia, música e canto. | Reforma cujos decretos dão apoio e organizam a educação secundária e universitária existente. | O Regime Militar afirmava que estudante não podia fazer baderna, apenas estudar. Por esse motivo a União Nacional dos Estudantes não pode mais funcionar. | Essa teoria moldada pela sociedade capitalista torna o conhecimento para o homem um agente transformador em que a educação e a escola devem dá apoio e ferramentas para o aluno se socializar politicamente na sociedade, bem como que esse aluno volte a participar de todas as etapas da educação e sua transformação. | |
O Direito Pombalino marca a expulsão dos Jesuítas a educação voltada para o êxito da política. Os índios e negros são explorados para servir aos nobres. | A educação torna-se direito de todos dada pelos pais e pelo poder público, com ensino gratuito e o governo federal passa a assumir o controle, supervisão, fiscalização, cumprimento de normas e diretrizes. | Com as eleições indiretas, os militares deixam o governo e é implantada a escola em três graus de ensino, o vestibular e a busca pela formação e profissionalização na formação tecnicista. O Mobral é extinto por causa da corrupção. | A história de vida, de sociedade, deve ser trabalhada pelo professor, que deve passar para o educando muito mais do que informação, tornando o aluno reflexivo e produtor do capital a serviço da máquina e tecnologia. |
EDUCAÇÃO JESUÍTICA E UM OLHAR PARA EDUCAÇÃO ATUAL
Não se consegue falar do Brasil colônia sem falar da Companhia de Jesus (fundada por Inácio de Loyola) e das missões realizadas pelos Padres Jesuítas, que queriam converter os índios e também protegê-los, já que os colonos queriam escravizá-los. Sua formação era totalmente voltada ao cristianismo e era através do batismo que mudavam suas vidas, tendo em vista o sucesso do cristianismo e daí a catequese.
A educação era formal aos indígenas seguindo o modelo europeu. Os missionários incentivavam os índios com a formação de hábitos, qualificação profissional e o aprendizado da doutrina religiosa. Os Jesuítas comparavam os índios adultos com crianças, que precisavam aprender tudo, já que eles eram considerados rudes e promíscuos. Já os índios em sua fase normal de infância eram considerados anjos que seriam transformadores e promissores na fé.
Os meninos eram recompensados ou castigados, quando questionados pelo que haviam aprendido. As meninas aprendiam apenas a ler e a escrever e os demais ensinos eram voltados aos cuidados do lar. Havia o aproveitamento de talento e o bem comum.
A escola destinada à alfabetização, assim como o espaço das aldeias era organizada, com salas de aula, refeitório e cozinha. O espaço continha pomar e horta, onde os mesmos aprendiam práticas agrícolas.
A educação formal era pouco explorada, não sendo instaladas escolas regulares. A escola se limitou ao básico de aritmética e a alfabetização era passada apenas a elite, pela escassez de missionários e por ser a própria elite quem financiava esse ensino, que era composta por filhos de cacique, sacristãos e magistrados. Muitas crianças eram educadas em casa. Na escola, aprendiam a ler, escrever, contar, cantar e dançar, além de sua língua materna, estudavam o espanhol e o latim.
Com o direito do Marquês de Pombal, a Companhia de Jesus é expulsa e tudo muda na educação que é voltada para ajudar e servir a política. Meninos são separados das meninas, ficando até as onze horas na escola, aprendendo e tendo que falar o português para não serem castigados. As meninas ainda têm educação voltada para o lar. O governo tira todo o aproveitamento para a colônia, aumentando o número de tarefas. Surgindo assim à necessidade da leitura e da escrita. A educação que era dada em casa, passa a ser dada na escola, mas muitos professores ainda estavam se formando e ainda estão imaturos e leigos. O dia 15/10/1764 marca o dia do professor, através do decreto pombalino, quando surge o ensino público financiado pelo e para o governo.
Os surgimentos de várias igrejas separam os valores morais da sociedade dividindo o cristianismo do protestantismo, mas muitos se mantêm fiéis as doutrinas religiosas da Companhia de Jesus.
O que se pode concluir é que as mudanças daí por diante teve um papel significativo para a direção da educação nos tempos atuais e surge a pergunta: se a educação permanecesse sob domínio dos Jesuítas, haveria os problemas que temos hoje?
Pois até os dias atuais temos uma educação voltada para os interesses e benefício do governo. Sim, houve uma mudança significativa da educação que passa a ser dada na escola, mas hoje, os melhores materiais, ferramentas e espaço continuam sendo desfrutados pela elite.
Muito do que foi passado pelos Jesuítas permanece até hoje, como a divisão de espaços na escola, a educação religiosa, o trabalho coletivo, os bons hábitos, o uso de uniformes, o respeito e a oração antes da aula.
Os educadores que acreditam que a educação é transformadora, trabalham e lutam para que se faça valer o que está escrito na Constituição e nas leis de diretrizes e base. Trabalhos esses, muitas vezes apresentados pelo governo, como projetos de integração, formação e educação, mas executados e continuados pelos pais, voluntários e professores.
Até hoje se cultua em todo o mundo a educação jesuítica, voltada a valores de ética e do bom convívio em sociedade, relacionadas à fé, ao amor, ao respeito e solidariedade, valores esses que para muitos até hoje são respeitados e seguidos.
Cabe a nós, futuros educadores, ter amor, coragem e vontade de trabalhar em prol da educação continuada e igual em seu real significado para todos, fazendo com que os alunos sejam transformadores e evolutivos da sociedade, do ambiente e de si próprio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Jesus, ADRIANA Regina de, Processo Educativo no Contexto Histórico, São Paulo, Pearson Educatiom do Brasil, 2009.
- Costa, Vilze Vidotte, Unopar Web Aula: Unidade 1 - Processo Educativo no Contexto Histórico. Disponível em: Processo Educativo no Contexto Histórico Textos Web Aula Disponível. Disponível em: dPS://www.unoparvirtual.com.br – Área Restrita, Acesso em: 16 de abril de 2010.
- Slides em pdf e tele aulas via satélite ministradas pela Professora Vilze Vidotte Costa
- Figura 1 – Obra do artista Victor Meirelles representando a Primeira Missa no Brasil dos jesuítas. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Victor_Meirelles04.jpg
- Figura 3 – adrianoamendola.blogspot.com
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